sábado, 28 de junho de 2008

metáfora das ampulhetas

eu? seguindo na minha lida ininterrupta, no meu afã continuado, na minha perseverante tentativa de fazer as pazes com o tempo. pretendendo deixar o passado no passado e o futuro no futuro. permitindo que cada grão de areia passe, sozinho, um de cada vez, pelo estreito canal da ampulheta da vida chamado presente. vivendo a vida em pequenas doses diárias, de amor, paz, paixão, tristeza, alegria, tensão, dor, expectativa, realização, sofrimento, saudade, desejo, conforto, cansaço, agitação e tédio... e (over)pensando se o tempo realmente passa, ou somos nós que passamos por ele(?).

domingo, 22 de junho de 2008

e o vento levou

muitos anos depois eu choraria emocionada
na segunda fila de uma igreja,
desejando que ele fosse tão feliz quanto fomos na infância.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

conselho de quintana

não te abras com teu amigo
que ele um outro amigo tem
e o amigo do teu amigo
possui amigos também...
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[às vezes eu me sinto uma caixa de segredos alheios.]

sexta-feira, 13 de junho de 2008

primeira pessoa do singular

eu quero: aprender a querer o que tenho (ando lendo sponville!)
eu tenho: um rico e inatingível mundinho interior
eu gostaria de ter: menos consideração com o passado
eu gostaria de não ter: tanta imaginação
eu acho: que a vida tem vontade própria
eu odeio: superficialidade, confusão, ingratidão, insensibilidade, grosseria e coentro
eu sinto saudades: de tudo o que foi e já não é
eu faço: coleção de corujas
eu fiz e não faria de novo: comprar um carro amarelo ímola
eu fazia e deixei de fazer: comprar (e comer) bono de chocolate
eu escuto: meu celular tocando quando ele não está tocando
eu cheiro: à flor de maracujá
eu imploro: por uns feriados em 2008.2
eu pergunto-me: e se...?
eu arrependo-me: de pouco ou nada
eu amo: cada vez menos gente
eu sinto dor: (de ouvido) quando o avião começa a descer para aterrissar
eu sinto falta: de tudo o que poderia ter sido e não foi
eu sempre: agradeço pelo que tenho
eu não fico: me lamentando da vida
eu acredito: que os anjos moram nas bibliotecas e se encontram às 18h nos telhados dos edifícios
eu danço: flamenco (ainda?)
eu canto: enquanto dirijo
eu choro: em filmes, desenhos animados, despedidas, reencontros, casamentos, enterros, formaturas e congêneres
eu falho: no meu exercício diário de inteireza
eu luto: contra a minha vontade recorrente de fugir dirigindo um carro conversível ao som de sade - a cantora (minha fantasia não-sexual!).
eu escrevo: porque sou uma escritora frustrada
eu ganho: uma demão de verniz a cada paulada que levo
eu perco: um dia desta vida a cada dia que passa
eu nunca: digo nunca mais ou para sempre
eu estou: me descobrindo cada vez mais racional
eu sou: a menininha de vermelho de um poema de vininha
eu fico feliz: quando estou entre os meus
eu tenho esperança: de que o mundo não se acabe amanhã
eu preciso: ler epicuro, spinoza, schopenhauer e caio fernando abreu
eu deveria: dormir e acordar mais cedo, fazer exercício físico e comer mais proteína
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porque um quiz é a melhor coisa para se publicar num blog quando não se tem o que publicar num blog.