domingo, 1 de julho de 2007

MALDIÇÃO QUE SALVA

Cansei de resistir ao meu ímpeto de escrever - as privações já são demais nesta vida.
Depois de meu poético encontro com duas das mais encantadoras espécimes do universo blogueiro, numa tarde recente em ipanema, recomeçar eu poderia de muitas maneiras, se a vida relatável fosse. Depois de meu reencontro com Clarisse, numa outra tarde recente na Estação da Luz paulistana, no entanto, estou certa de que não haveria outra forma de recomeçar senão desta:

"Eu disse uma vez que escrever é uma maldição. Não me lembro por que exatamente o disse, mas o disse com sinceridade. Hoje repito: escrever é uma maldição, mas uma maldição que salva. Não estou me referindo a escrever para jornal. Mas escrever aquilo que eventualmente pode se transformar num conto ou num romance. É uma maldição porque obriga e arrasta como um vício penoso do qual é quase possível se livrar, pois nada o substitui. E é uma salvação. Salva a alma presa, salva a pessoa que se sente inútil, salva o dia que se vive e que nunca se entende a menos que se escreva. Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada..."

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É primeiro de julho, queridos, e estou de volta. Não sei por quanto tempo desta vez, mas devo avisar que estou disposta a enfeitar isso aqui com fotinhas e frases curtas, minhas e alheias, quando o tempo estiver curto ou a inspiração falha. Se a mão ainda está boa ou se dará certo não sei. Teremos de viver para ver se escrever é como andar de bicicleta.

4 comentários:

  1. Escrever é como andar de bicicleta amada, pros abençoados com esse vício - que Pessoa batizou tão bem de febre de sentir.

    E sem querer dramatizar, que a vida é suficientemente talentosa pra isso, resistir é quase um sacrilégio.

    (por entresafras td mundo passa... rs Supere como na vida real.)

    feliz d+ com tua volta!

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  2. uhuuuuuuuuuuuuu!

    ela voltouuuuuuuuuuuuuuuu!

    viva a maldição que salva!

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  3. a mão ainda estará boa? achoq ue a mão, a tua, não fica ruim não. nunca ficará. porque a mão depende da alma, do conteúdo, do que te leva a escrever os detalhes do dia, do susto, do sentimento, do gosto e dos desgostos também. adorei tê-la de volta. liberte-se, minha querida. e compartilhe felicidade com os que te lêem. beijos e carinho.

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  4. Fico feliz!!! Amo vc amiga e amo vc escritora!

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